sexta-feira, 29 de outubro de 2010
A montanha mais alta do mundo entra na era do 3G
Os alpinistas do Monte Everest passaram as últimas horas atualizando seus status no Facebook, depois que a primeira conexão 3G do Nepal foi ligada ontem, no acampamento-base. O primeiro uso do serviço foi fazer a chamada em vídeo mais alta do mundo. [Reuters e Unitopia]
quarta-feira, 27 de outubro de 2010
3.000 flashes de câmera iluminaram as ruas desta cidade na Espanha para uma grande pintura de luz
Esta bela foto captura 50 fotógrafos que ativaram os flashes de suas câmeras mais de 3.000 vezes por uma área de 100.000m² na cidade de Toledo, na Espanha, tornando-a um dos exemplos mais lindos de pintura de luz que já vi na vida.
Foram tiradas 1.200 fotos, incluindo fotos de teste, reunidas no Photoshop em 9 horas de edição para se chegar a esta imagem, que em tamanho original tem 1,7 gigabytes. Impressionante. [Caborian via Strobist]
terça-feira, 26 de outubro de 2010
Um mar (de estrelas) no céu
O fotógrafo Stéphane Guisard foi ao Observatório Paranal, no Chile, para registrar esse fascinante panorama interativo do céu do local. É possível ver toda a Via Láctea em todo o horizonte dessa imagem de 360 graus.[Astroturf via NASA Goddard Pictures]
sábado, 16 de outubro de 2010
O resgate de US$ 22 milhões
A operação para salvar os 33 mineiros chilenos, patrocinada por grandes empresas, foi um sucesso de logística e de marketing. E também pode transformar os heróis em novos milionários
A final da Copa do Mundo deste ano, entre Espanha e Holanda, foi acompanhada por 700 milhões de pessoas em todo o mundo. A marca foi batida na madrugada da quarta-feira 13 por uma seleção de 32 mineiros chilenos e um boliviano.
Um bilhão de pessoas acompanharam, em frente à televisão, o resgate de Florêncio Ávalos, primeiro a deixar a mina de San José, em Copiapó, no Chile, depois de passar 69 dias soterrado 622 metros abaixo do chão.
À 0h11 do dia 13 de outubro, Ávalos emergiu de dentro da cápsula Fênix II, dando início a um resgate sem precedentes. O procedimento de retirada dos mineiros, que se estenderia ao longo da quarta-feira, mobilizou 250 veículos de comunicação e mil jornalistas, que presenciaram uma operação de guerra, ao custo de US$ 22 milhões.
A estatal chilena Codelco, a maior produtora de cobre do mundo, foi a grande patrocinadora do socorro, ao desembolsar US$ 15 milhões pelo resgate dos mineiros. Segundo o jornal chileno La Tercera, as mineradoras Collahuasi, Escondida e Anglo American, entre outras, contribuíram com outros US$ 5 milhões.
Na operação, o maior gasto foi protagonizado pela perfuradora Schramm T-130, que atingiu 630 metros abaixo do chão, depois de 34 dias de operação, a um custo de US$ 18 mil por dia. Essas despesas serão repassadas, segundo o presidente Sebastian Piñeda, à empresa de mineração San Esteban, dona da mina, que está falida.
A empresa afirmou ter apenas US$ 400 mil em minérios e disse que poderia conseguir outros R$ US$ 260 mil – as famílias dos mineiros prejudicados já entraram na Justiça exigindo outros US$ 27 milhões.
Mas o resgate dos mineiros não foi feito só de despesas. A Oakley patrocinou a operação de resgate e calcula em US$ 41 milhões o retorno de mídia espontânea da exposição dos óculos de sol com que os mineiros deixaram o buraco, para proteger os olhos da luminosidade repentina.
O presidente da Bolívia, Evo Morales, também aproveitou para capitalizar sua popularidade durante o resgate e compareceu pessoalmente à mina para cumprimentar o único estrangeiro do grupo de mineiros, o boliviano Carlos Mamani, e oferecer ao compatriota emprego e moradia em Cochabamba.
O presidente Luiz Inácio Lula da Silva telefonou a Piñeda durante a operação. Passado o momento mais crítico, quem ironicamente fica em pior situação são os 300 mineiros de San José que não permaneceram soterrados na mina.
Enquanto os trabalhadores que se safaram do acidente tiveram de organizar manifestações para receber o salário atrasado de setembro, os funcionários que deixaram o subsolo se organizam para aproveitar as oportunidades que surgiram.
“Se fizermos tudo certo, não precisaremos trabalhar para o resto das nossas vidas”, escreveu Yonni Barrios, 50 anos, em uma das cartas enviadas às famílias e à imprensa enquanto ainda estavam isolados.
Os mineiros que sobreviveram 17 dias sem nenhum contato com a superfície receberam convites para passar uma semana na Grécia (com uma acompanhante) e assistir a partidas do Real Madrid e do Manchester United.
Eles também ganharam cheques de US$ 10 mil do empresário da mineração chileno Leonardo Farkas e iPods enviados por Steve Jobs. Mas o grande trunfo dos mineiros é a história do drama por que eles passaram nos últimos dois meses.
Há redes de televisão oferecendo US$ 250 mil a cada um pela exclusividade de suas histórias e empresas de equipamento de segurança, cerveja e até de vitaminas para melhorar o desempenho sexual manifestaram interesse em contratá-los como garotos-propaganda.
Precavidos, “Os 33”, como ficaram conhecidos, contrataram serviços especializados para administrar a fama repentina e firmaram um pacto legal para dividir igualmente os rendimentos da história que protagonizaram. Mesmo fora do buraco, o grupo
não deve se separar tão cedo.
Por Rodolfo Borges
sexta-feira, 15 de outubro de 2010
segunda-feira, 11 de outubro de 2010
Marina,... você se pintou??
O texto é de Maurício Abdalla.
"Marina, morena Marina, você se pintou" – diz a canção de Caymmi. Mas é provável, Marina, que pintaram você. Era a candidata ideal: mulher, militante, ecológica e socialmente comprometida com o "grito da Terra e o grito dos pobres", como diz Leonardo.
Dizem que escolheu o partido errado. Pode ser. Mas, por outro lado, o que é certo neste confuso tempo de partidos gelatinosos, de alianças surreais e de pragmatismo hiperbólico? Quem pode atirar a primeira pedra no que diz respeito a escolhas partidárias?
Mas ainda assim, Marina, sua candidatura estava fadada a não decolar. Não pela causa que defende, não pela grandeza de sua figura. Mas pelo fato de que as verdadeiras causas que afetam a população do Brasil não interessam aos financiadores de campanha, às elites e aos seus meios de comunicação. A batalha não era para ser sua. Era de Dilma contra Serra. Do governo Lula contra o governo do PSDB/DEM. Assim decidiram as "famiglias" que controlam a informação no país. E elas não só decidiram quem iria duelar, mas também quiseram definir o vencedor. O Estadão dixit: Serra deve ser eleito.
Mas a estratégia de reconduzir ao poder a velha aliança PSDB/DEM estava fazendo água. O povo insistia em confirmar não a sua preferência por Dilma, mas seu apreço pelo Lula. O que, é claro, se revertia em intenção de voto em sua candidata. Mas "os filhos das trevas são mais
espertos do que os filhos da luz". Sacaram da manga um ás escondido.Usar a Marina como trampolim para levar o tucano para o segundo turno e ganhar tempo para a guerra suja.
Marina, você, cujo coração é vermelho e verde, foi pintada de azul. "Azul tucano". Deram-lhe o espaço que sua causa nunca teve, que sua luta junto aos seringueiros e contra as elites rurais jamais alcançaria nos grandes meios de comunicação. A Globo nunca esteve ao seu lado. A Veja, a FSP, o Estadão jamais se preocuparam com a ecologia profunda. Eles sempre foram, e ainda são, seus e nossos inimigos viscerais.
Mas a estratégia deu certo. Serra foi para o segundo turno, e a mídia não cansa de propagar a "vitória da Marina". Não aceite esse presente de grego. Hão de descartá-la assim que você falar qual é exatamente a sua luta e contra quem ela se dirige.
"Marina, você faça tudo, mas faça o favor": não deixe que a pintem de azul tucano. Sua história não permite isso. E não deixe que seus eleitores se iludam acreditando que você está mais perto de Serra do que de Dilma. Que não pensem que sua luta pode torná-la neutra ou que pensem que para você "tanto faz". Que os percalços e dificuldades que você teve no Governo Lula não a façam esquecer os 8 anos de FHC e os 500 anos de domínio absoluto da Casagrande no país cuja maioria vive na senzala. Não deixe que pintem "esse rosto que o povo gosta, que gosta e é só dele".
Dilma, admitamos, não é a candidata de nossos sonhos. Mas Serra o é de nossos mais terríveis pesadelos. Ajude-nos a enfrentá-lo. Você não precisa dos paparicos da elite brasileira e de seus meios de comunicação. "Marina, você já é bonita com o que Deus lhe deu".
Maurício Abdalla é professor de filosofia da UFES (Universidade Federal do Espírito Santo)
"Marina, morena Marina, você se pintou" – diz a canção de Caymmi. Mas é provável, Marina, que pintaram você. Era a candidata ideal: mulher, militante, ecológica e socialmente comprometida com o "grito da Terra e o grito dos pobres", como diz Leonardo.
Dizem que escolheu o partido errado. Pode ser. Mas, por outro lado, o que é certo neste confuso tempo de partidos gelatinosos, de alianças surreais e de pragmatismo hiperbólico? Quem pode atirar a primeira pedra no que diz respeito a escolhas partidárias?
Mas ainda assim, Marina, sua candidatura estava fadada a não decolar. Não pela causa que defende, não pela grandeza de sua figura. Mas pelo fato de que as verdadeiras causas que afetam a população do Brasil não interessam aos financiadores de campanha, às elites e aos seus meios de comunicação. A batalha não era para ser sua. Era de Dilma contra Serra. Do governo Lula contra o governo do PSDB/DEM. Assim decidiram as "famiglias" que controlam a informação no país. E elas não só decidiram quem iria duelar, mas também quiseram definir o vencedor. O Estadão dixit: Serra deve ser eleito.
Mas a estratégia de reconduzir ao poder a velha aliança PSDB/DEM estava fazendo água. O povo insistia em confirmar não a sua preferência por Dilma, mas seu apreço pelo Lula. O que, é claro, se revertia em intenção de voto em sua candidata. Mas "os filhos das trevas são mais
espertos do que os filhos da luz". Sacaram da manga um ás escondido.Usar a Marina como trampolim para levar o tucano para o segundo turno e ganhar tempo para a guerra suja.
Marina, você, cujo coração é vermelho e verde, foi pintada de azul. "Azul tucano". Deram-lhe o espaço que sua causa nunca teve, que sua luta junto aos seringueiros e contra as elites rurais jamais alcançaria nos grandes meios de comunicação. A Globo nunca esteve ao seu lado. A Veja, a FSP, o Estadão jamais se preocuparam com a ecologia profunda. Eles sempre foram, e ainda são, seus e nossos inimigos viscerais.
Mas a estratégia deu certo. Serra foi para o segundo turno, e a mídia não cansa de propagar a "vitória da Marina". Não aceite esse presente de grego. Hão de descartá-la assim que você falar qual é exatamente a sua luta e contra quem ela se dirige.
"Marina, você faça tudo, mas faça o favor": não deixe que a pintem de azul tucano. Sua história não permite isso. E não deixe que seus eleitores se iludam acreditando que você está mais perto de Serra do que de Dilma. Que não pensem que sua luta pode torná-la neutra ou que pensem que para você "tanto faz". Que os percalços e dificuldades que você teve no Governo Lula não a façam esquecer os 8 anos de FHC e os 500 anos de domínio absoluto da Casagrande no país cuja maioria vive na senzala. Não deixe que pintem "esse rosto que o povo gosta, que gosta e é só dele".
Dilma, admitamos, não é a candidata de nossos sonhos. Mas Serra o é de nossos mais terríveis pesadelos. Ajude-nos a enfrentá-lo. Você não precisa dos paparicos da elite brasileira e de seus meios de comunicação. "Marina, você já é bonita com o que Deus lhe deu".
Maurício Abdalla é professor de filosofia da UFES (Universidade Federal do Espírito Santo)
segunda-feira, 4 de outubro de 2010
Esta pode ser a primeira fábrica de maconha da Califórnia
As melhores dispensas médicas da Califórnia que guardam marijuana medicinal são limpas, brancas e bem cuidadas. O lugar onde a plantinha cresce, normalmente, não. Este desenho de uma fábrica de maconha produziria 50 milhões de erva por ano num espaço completamente esterilizado e verde, com o perdão do trocadilho. Parece uma boa ideia.
A fábrica com mais de 5 mil metros quadrados é parte de um projeto do Gropech, um grupo sem fins lucrativos que espera conseguir permissão para criar o espaço em Oakland City nos próximos meses. O cofundador Derek Peterson disse ao The Atlantic que ao mesmo tempo que a Califórnia legalizou a venda de marijuana para fins medicinais, a produção dela continua relegada a fábricas ilegais e plantações de fundo de quintal.
As leis na Califórnia estão um pouco invertidas, porque eles ajudam os pequenos varejistas antes de ir atrás da produção por atacado... Seria como abrir um monte de lojas de bebida antes de construir uma refinaria de álcool.
Assim, o pessoal da Gropech frisa que a cannabis da Califórnia é estritamente feita para uso médico e, dadas as condições de produção atual, pode conter agrotóxicos, insetos ou fungos que podem ser prejudiciais ao usuário. A Gropech diz que a fábrica será construída nos “padrões de laboratórios médicos”, para criar ervinhas que possam realmente ser chamadas de instrumentos medicinais. Oakland City, não deixe essa chance passar.
Tirando a roupa de uma mulher com uma escavadeira
Há certas coisas que você simplesmente sabe que vai morrer sem ver. Por exemplo: porcos voando, brasileiros enjoando de futebol ou uma mulher sendo despida por um homem usando uma escavadeira.
Mas a internet, meus caros, ah, a internet está aí para abalar suas certezas.
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