terça-feira, 6 de agosto de 2013

Petrobras usa Lago de Itaipu e Rio Paraná para transporte de peça gigante

A  terceira  e  maior  peça  da fábrica de fertilizantes (UFN3) que a Petrobras  está implantando no Mato Grosso do Sul desembarcou neste domingo (4),  na  usina de Itaipu, de onde seguiu em direção ao aterro sanitário do bairro Porto Belo, em Foz do Iguaçu. Na quarta-feira (7), a peça começará a nsportada  para  a  travessia pelo reservatório, na Prainha de Três Lagoas.
 
A  viagem com destino a Três Lagoas (MS), que só deve acontecer no sábado  (10), terá um percurso de 750 quilômetros e vai levar em média oito dias.
 
O  reator de amônia, fabricado na China, pesa 761 toneladas, tem 6,40 metros  de  altura  e quase 40 metros de comprimento. A peça gigantesca tem mais  do  que  o  dobro  do peso do maior equipamento instalado na usina de Itaipu, que é o rotor da turbina, com 290 toneladas.
 
Procedente  do  porto  de  Rio  Grande,  no Rio Grande do Sul (RS), o reator seguiu o mesmo caminho das peças anteriores trazidas pela Petrobras. A  chiler  de amônia, de 320 toneladas, e uma caixa de purificador, com 173 toneladas, chegaram à usina por via fluvial, desde Mar del Plata.
 
Para  vencer  o  desnível  de  120  metros provocado pela barragem da usina,  foi  montada uma megaoperação de transporte, que conta com apoio da Itaipu. A operação começou em abril. Depois  de desembarcada na margem do Rio Paraná, próximo à foz do Rio Bela  Vista,  em  uma rampa de concreto construída exclusivamente para esta finalidade, a peça será transportada numa carreta especial, com 160 pneus.
 
O  comboio  seguiu  pelo  aeródromo  Hércules,  no bairro Porto Belo, cruzando  a  Avenida Tancredo Neves, até o bairro Três Lagoas. Na região da prainha,  a peça será acomodada em uma barcaça com 80 metros de comprimento e 16 metros de largura. Dali, o equipamento segue viagem pelo reservatório de Itaipu até o destino final.
 
Hidrovia
Para  o  gerente do Departamento de Obras e Manutenção, Andreas Arion Schwarz,   coordenador  dos  trabalhos  por  Itaipu,  as  megaoperações  de transporte das peças da Petrobras confirmam a viabilidade de exploração do transporte hidroviário no Rio Paraná. “Se  foi  possível  fazer  o transporte dessas peças gigantescas pelo reservatório,  e  transpor  a  barragem  de  Itaipu,  por que não usar esse caminho  para  o  escoamento  de outras riquezas, como outros equipamentos, máquinas e commodities?", questiona.
 
Segundo  ele,  Itaipu  está  preparada  para apoiar e ser parceira de projetos  nesse  sentido.  “Só  depende  da  iniciativa  privada demonstrar interesse  em  investir  no  negócio”,  afirma.  A  estrutura  de  acesso e desembarque para as embarcações existe e pode ser aperfeiçoada. Ainda  segundo  Andreas,  a   rampa,  feita  com  blocos  de concreto pré-moldado, resistiu totalmente à ultima cheia. “A rampa ficou submersa em mais  de  20  metros pela última cheia do Rio Paraná e permaneceu intacta”, diz.
 
Chuvas
A  previsão  inicial era que o transporte de todo o conjunto de peças da  Petrobras seria concluído no final de setembro, mas, em função da cheia do mês passado – quando o nível do reservatório ficou muito acima do normal –, a operação teve que ser adiada. Ainda não há nova previsão de término do
trabalho.
 
Cerca  de  100  pessoas  atuam  em  toda  o  transporte. O trabalho é coordenado  pelo  Consórcio  de  Transporte Intermodal-CTM, contratado pela Petrobras para o serviço. A mão de obra utilizada no apoio é local.
 
(Divisão de Imprensa - Itaipu Binacional) Fotos Marcos Labanca




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