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A
viagem com destino a Três Lagoas (MS), que só deve acontecer no sábado
(10), terá um percurso de 750 quilômetros e vai levar em média oito
dias.
O reator de amônia, fabricado na China,
pesa 761 toneladas, tem 6,40 metros de altura e quase 40 metros de
comprimento. A peça gigantesca tem mais do que o dobro do peso do
maior equipamento instalado na usina de Itaipu, que é o rotor da
turbina, com 290 toneladas.
Procedente do porto
de Rio Grande, no Rio Grande do Sul (RS), o reator seguiu o mesmo
caminho das peças anteriores trazidas pela Petrobras. A chiler de
amônia, de 320 toneladas, e uma caixa de purificador, com 173 toneladas,
chegaram à usina por via fluvial, desde Mar del Plata.
Para
vencer o desnível de 120 metros provocado pela barragem da usina,
foi montada uma megaoperação de transporte, que conta com apoio da
Itaipu. A operação começou em abril. Depois de desembarcada na margem
do Rio Paraná, próximo à foz do Rio Bela Vista, em uma rampa de
concreto construída exclusivamente para esta finalidade, a peça será
transportada numa carreta especial, com 160 pneus.
O
comboio seguiu pelo aeródromo Hércules, no bairro Porto Belo,
cruzando a Avenida Tancredo Neves, até o bairro Três Lagoas. Na região
da prainha, a peça será acomodada em uma barcaça com 80 metros de
comprimento e 16 metros de largura. Dali, o equipamento segue viagem
pelo reservatório de Itaipu até o destino final.
Hidrovia
Para
o gerente do Departamento de Obras e Manutenção, Andreas Arion
Schwarz, coordenador dos trabalhos por Itaipu, as megaoperações
de transporte das peças da Petrobras confirmam a viabilidade de
exploração do transporte hidroviário no Rio Paraná. “Se foi possível
fazer o transporte dessas peças gigantescas pelo reservatório, e
transpor a barragem de Itaipu, por que não usar esse caminho para
o escoamento de outras riquezas, como outros equipamentos, máquinas e
commodities?", questiona.
Segundo ele, Itaipu
está preparada para apoiar e ser parceira de projetos nesse
sentido. “Só depende da iniciativa privada demonstrar interesse
em investir no negócio”, afirma. A estrutura de acesso e
desembarque para as embarcações existe e pode ser aperfeiçoada. Ainda
segundo Andreas, a rampa, feita com blocos de concreto
pré-moldado, resistiu totalmente à ultima cheia. “A rampa ficou submersa
em mais de 20 metros pela última cheia do Rio Paraná e permaneceu
intacta”, diz.
Chuvas
A
previsão inicial era que o transporte de todo o conjunto de peças da
Petrobras seria concluído no final de setembro, mas, em função da cheia
do mês passado – quando o nível do reservatório ficou muito acima do
normal –, a operação teve que ser adiada. Ainda não há nova previsão de
término do
trabalho.
Cerca de 100
pessoas atuam em toda o transporte. O trabalho é coordenado pelo
Consórcio de Transporte Intermodal-CTM, contratado pela Petrobras
para o serviço. A mão de obra utilizada no apoio é local.
(Divisão de Imprensa - Itaipu Binacional) Fotos Marcos Labanca
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