A terceira e maior peça da fábrica de
fertilizantes (UFN3) que a Petrobras está implantando no Mato Grosso do
Sul desembarcou neste domingo (4), na usina de Itaipu, de onde seguiu
em direção ao aterro sanitário do bairro Porto Belo, em Foz do Iguaçu.
Na quarta-feira (7), a peça começará a nsportada para a travessia
pelo reservatório, na Prainha de Três Lagoas.
A
viagem com destino a Três Lagoas (MS), que só deve acontecer no sábado
(10), terá um percurso de 750 quilômetros e vai levar em média oito
dias.
O reator de amônia, fabricado na China,
pesa 761 toneladas, tem 6,40 metros de altura e quase 40 metros de
comprimento. A peça gigantesca tem mais do que o dobro do peso do
maior equipamento instalado na usina de Itaipu, que é o rotor da
turbina, com 290 toneladas.
Procedente do porto
de Rio Grande, no Rio Grande do Sul (RS), o reator seguiu o mesmo
caminho das peças anteriores trazidas pela Petrobras. A chiler de
amônia, de 320 toneladas, e uma caixa de purificador, com 173 toneladas,
chegaram à usina por via fluvial, desde Mar del Plata.
Para
vencer o desnível de 120 metros provocado pela barragem da usina,
foi montada uma megaoperação de transporte, que conta com apoio da
Itaipu. A operação começou em abril. Depois de desembarcada na margem
do Rio Paraná, próximo à foz do Rio Bela Vista, em uma rampa de
concreto construída exclusivamente para esta finalidade, a peça será
transportada numa carreta especial, com 160 pneus.
O
comboio seguiu pelo aeródromo Hércules, no bairro Porto Belo,
cruzando a Avenida Tancredo Neves, até o bairro Três Lagoas. Na região
da prainha, a peça será acomodada em uma barcaça com 80 metros de
comprimento e 16 metros de largura. Dali, o equipamento segue viagem
pelo reservatório de Itaipu até o destino final.
Hidrovia
Para
o gerente do Departamento de Obras e Manutenção, Andreas Arion
Schwarz, coordenador dos trabalhos por Itaipu, as megaoperações
de transporte das peças da Petrobras confirmam a viabilidade de
exploração do transporte hidroviário no Rio Paraná. “Se foi possível
fazer o transporte dessas peças gigantescas pelo reservatório, e
transpor a barragem de Itaipu, por que não usar esse caminho para
o escoamento de outras riquezas, como outros equipamentos, máquinas e
commodities?", questiona.
Segundo ele, Itaipu
está preparada para apoiar e ser parceira de projetos nesse
sentido. “Só depende da iniciativa privada demonstrar interesse
em investir no negócio”, afirma. A estrutura de acesso e
desembarque para as embarcações existe e pode ser aperfeiçoada. Ainda
segundo Andreas, a rampa, feita com blocos de concreto
pré-moldado, resistiu totalmente à ultima cheia. “A rampa ficou submersa
em mais de 20 metros pela última cheia do Rio Paraná e permaneceu
intacta”, diz.
Chuvas
A
previsão inicial era que o transporte de todo o conjunto de peças da
Petrobras seria concluído no final de setembro, mas, em função da cheia
do mês passado – quando o nível do reservatório ficou muito acima do
normal –, a operação teve que ser adiada. Ainda não há nova previsão de
término do
trabalho.
Cerca de 100
pessoas atuam em toda o transporte. O trabalho é coordenado pelo
Consórcio de Transporte Intermodal-CTM, contratado pela Petrobras
para o serviço. A mão de obra utilizada no apoio é local.
(Divisão de Imprensa - Itaipu Binacional) Fotos Marcos Labanca
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