sexta-feira, 18 de janeiro de 2013

Com dinheiro contado, vôlei reaparece em Foz do Iguaçu

Com um orçamento modesto, na casa dos R$ 120 mil, time participa da Superliga B e recoloca o Paraná na vitrine nacional do esporte

Marcos Labanca/Gazeta do Povo
Marcos Labanca/Gazeta do Povo / Jogadores do Foz do Iguaçu se preparam para a estreia na Superliga B, contra o São Caetano do Sul, fora de casa  
Jogadores do Foz do Iguaçu se preparam para a estreia na Superliga B, contra o São Caetano do Sul, fora de casa


Oito times disputam, a partir de hoje, a Superliga B de vôlei masculino. Entre eles, o Foz do Iguaçu, que tenta levar o Paraná de volta à elite nacional do esporte. Para isso, precisa ser campeão do torneio. Algo improvável, na avaliação do próprio time. O primeiro jogo é hoje, às 20 horas, contra o São Caetano do Sul, fora de casa.
O time do Oeste paranaense jogou a Superliga principal na temporada 2007/2008, ficando em último lugar entre 15 concorrentes. Até por isso o retorno acontece em passos cautelosos, tentando contornar um orçamento modesto, na casa dos R$ 120 mil para toda a disputa. Se manter na Segundona já é considerado um bom resultado. “Ninguém entra em uma competição só para participar, mas sabemos que competimos com outras equipes que se preparam há mais tempo e com mais verba”, diz o técnico Marcos Vinícius Dias Antunes, mais conhecido como Marcão.
Vôlei de praia
Fim de parcerias antigas impulsiona nova fase na carreira de Ágatha
Pela primeira vez, uma atleta paranaense tem chances reais de chegar a um título de campeã do Circuito Brasileiro de Vôlei de Praia. Tudo graças às mudanças de duplas no meio da atual temporada. Com a separação do time formado por Juliana e Larissa e pela dupla de Talita e Maria Elisa, ambas em dezembro, a curitibana Ágatha, ao lado de Bárbara Seixas, ganhou duas posições no ranking da competição (1.680 pontos) e disputa o título diretamente com Lili e Rebecca, que assumiram a liderança com 1.880 pontos. “Toda essa alteração nos favoreceu muito. São mais quatro etapas, a começar por Fortaleza [com início hoje e finais no domingo]. Temos tempo para reverter a pontuação a nosso favor”, diz Ágatha, radicada em Paranaguá.
O melhor resultado na carreira veio em outubro do ano passado, com o bronze na etapa da Tailândia do Circuito Mundial. Com o fim da dupla mais vencedora das areias brasileiras, Larissa e Juliana (que agora forma equipe com Maria Elisa), diz a paranaense, o vôlei de praia nacional fica mais equilibrado. “A Juliana e a Larissa se destacavam muito em relação às outras duplas. É um novo cenário e acredito que eu e a Babi saímos na frente. Estamos bem entrosadas.”
A Superliga B é muito, mas muito mais barata que a Superliga principal. E, com o sistema de disputa em Grand Prix (a cada rodada, as equipes de cada grupo se enfrentam durante três dias seguidos no mesmo ginásio, o que reduz o número de viagens), tornou-se uma competição viável para a participação do Foz.
O time existe desde 1998 e atualmente conta com a parceria de uma universidade local, a Unifoz. O apoio da prefeitura só foi garantido após as eleições, com a troca do grupo no comando (Reni Pereira, do PSB, assumiu no lugar de Paulo MacDonald Ghisi, do PDT). “Esse é um dos grandes problemas do esporte. Não há uma política esportiva dos governos públicos, mas sim uma política para o esporte conforme cada gestão”, lamenta o treinador.
Para se ter uma ideia, o orçamento anual da equipe, de R$ 120 mil, é incomparavelmente menor que os da equipe da Primeira Divisão – estima-se que o Rio de Janeiro, líder do campeonato principal, tenha investido R$ 16 milhões. Se a verba não é muita, ao menos é garantida, assegura o técnico.
“Não pagamos uma enormidade, mas ninguém nunca saiu sem receber daqui. Por isso, muitos jogadores querem vir para cá.”
Em quadra, o Foz tem um time jovem, média de 25 anos de idade. O veterano é o central Kibe, 30 anos, remanescente da Superliga 2007/2008, quando também foi comandado por Marcão.
Até a temporada passada (2011/2012), Londrina era o representante paranaense na Superliga, mas foi rebaixado à Segunda Divisão, e, com constantes atrasos de salário e suspeitas de desvio de verbas dos patrocínios, a equipe nem sequer tentou a inscrição para a Superliga B.
Regulamento
Os dois primeiros colocados de cada grupo passam às semifinais, disputada em melhor de três. Os vencedores vão à final. O campeão garante vaga na Superliga principal na temporada 2013/2014.
  Adriana Brum

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