segunda-feira, 15 de abril de 2013

Design de pistas e rampas chama a atenção no X Games em Foz

                                Marcos Labanca / Gazeta do Povo
Funcionários trabalham na montagem da estrutura para a disputa do skate no X Games em Foz do Iguaçu


Toda a estrutura do evento de esportes radicais está praticamente pronta para receber os competidores no Oeste do estado

Foz do Iguaçu - A contagem regressiva para o principal evento mundial de esportes radicais está chegando ao fim. Na próxima quinta-feira (18), as competições invadem a arena central do X Games em Foz do Iguaçu, no Oeste do Paraná. Os atletas começam a chegar na cidade a partir desta segunda-feira (15).
Com estruturas grandiosas, trazidas dos Estados Unidos de edições anteriores, boa parte do palco já está completamente montado no espaço de 200 mil metros quadrados reservado para a competição. São pistas para as disputas de skate, BMX e motocross, além de uma pista para a corrida de rally e o Big Air (com 30 metros de altura para os saltos dos atletas).

Marcos Labanca / Gazeta do Povo
Marcos Labanca / Gazeta do Povo / Jesse Olsen trabalha no design das rampas para o X Games 
Jesse Olsen trabalha no design das rampas para o X Games

Até este último fim de semana, 33 mil ingressos haviam sido comercializados para o evento. A expectativa é de reunir 60 mil pessoas nos quatro dias de evento. As arquibancadas podem comportar de 2 a 10 mil pessoas.
Na montagem das arenas, profissionais americanos e brasileiros se misturam. Jesse Olsen é o nome por trás das rampas cheias de estilo e sinuosidades. Ex-atleta do X Games, ele trabalha na produção de rampas há 19 anos. Apesar das estruturas serem semelhantes em todos os eventos, em cada país um diferencial é colocado.
“Na pista do skate street, por exemplo, vamos colocar elementos do Brasil, por isso chamamos artistas locais. Também vamos inserir elementos que lembrem água e as Cataratas na pista do skate park”, disse.

As pistas do X Games são 80% reaproveitáveis. A estrutura é montada sobre armações. Depois disso, o espaço é forrado com isopor e coberto com uma camada de concreto. “Quatro dias depois das disputas, tudo isso vira pedregulho que também vai integrar outras competições”, explica Olsen.
Na pista para o motocross, mais novidades. Toda a pista foi feita com a própria terra do local durante a terraplanagem. “Não trouxemos nada de nenhum lugar, quando os organizadores viram essa terra e perceberam que era firme e absorvia bem a água, montaram as rampas em seguida”, disse Felipe Meretti, gerente de marketing do X Games.
No rally, um misto de percursos com diferentes dificuldades também foi montado pelo designer. “O rally precisa de superfícies diferentes, por isso colocamos concreto numa parte, terra em outra e uma jump (montanha de terra). Tudo isso para dar maior competitividade à prova”, conta Olsen.
Nos boxes, já estão os 16 carros de corrida que participam da competição, entre eles o ASX Mitsubishi de Nelsinho Piquet, que correrá pela primeira vez na prova. O traslado dos veículos foi delicado e demorado. Técnicos realizaram o acompanhamento, desde o desmonte de peças nos Estados Unidos e Europa, até o transporte das carcaças. As máquinas tem potência de 600 cavalos, podendo ir de 0 a 100 quilômetros em 1,7 segundos.

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