terça-feira, 27 de setembro de 2011

Dança boliviana, exposição fotográfica e oficina literária integram a programação do Congresso Roa Bastos

Apresentação de dança boliviana, exposição fotográfica e oficina literária são alguns dos atrativos que compõem a programação cultural do "VI Congresso Internacional Roa Bastos: Arquivos de Fronteira" – organizado pela UNILA -, que acontece entre os dia 28 e 30 de setembro.

O grupo de dança Waynasque significa amigos, amantes e jovens nas línguas aimará e quíchua - , formado por 12 estudantes bolivianos da UNILA, vai apresentar no primeiro dia do Congresso duas danças típicas da Bolívia: Tinkus e Caporales.

“O Tinkus é típico da região dos Andes e significa encontro. A história está ligada à briga entre povos e derramamento de sangue, que torna-se uma oferenda à Pachamama (Mãe Terra), para que ela possa trazer boas colheitas. O Caporales, por sua vez, representa a época da colonização, com a caracterização de capatazes que puniam os escravos”, explica o estudante de Engenharia de Energias Renováveis, Alexander Iquize. “Essa dança também é uma forma de protesto contra o período colonial ”, complementa Reyna Conde, aluna de Engenharia Civil de Infraestrutura.

O estudante de Ciências da Natureza Grover Copa é um dos participantes do grupo Waynas. Ele explica que a dança é uma manifestação artística enraizada na cultura boliviana. “É comum, na Bolívia, concursos intercolegiais de bailes e danças tradicionais. Graças a esses eventos, as crianças aprendem um pouco mais sobre a cultura de seu próprio país”, afirma Grover. As danças também aparecem nas manifestações religiosas e festivas – a exemplo do carnaval de Oruro, considerado patrimônio oral e imaterial da humanidade.

Exposição fotográfica
O Congresso Internacional Roa Bastos terá ainda na sua programação cultural a exposição “Caminhos das águas: um olhar sobre a fronteira”, que apresenta a visão de três fotógrafos sobre a águas que fluem na região trinacional (Brasil, Paraguai e Argentina).

Fotos de Antônio Lopes, Marcos Labanca e Nilton Quoirin vão estar expostas nos corredores do PTI, durante o evento. A exposição apresenta um recorte das mais diferentes situações vivenciadas na fronteira, com uma mostra de indivíduos, paisagens, culturas e cotidiano envoltos sempre ao elemento água.

Oficina literária
Integra também o Congresso Roa Bastos a oficina literária “Literatura Selvaje (selvagem)”, com o escritor argentino Washington Cucurto (pseudônimo de Santiago Vega). A aula será sobre o movimento intitulado Kartonera, que nasceu na Argentina e se espalhou pela América Latina.

“É um movimento contemporâneo, de literatura alternativa, no qual são criados livros com folhas costuradas e com capas de papelão, pintadas artesanalmente. São obras de autores novos – sem espaço para publicação - , que escrevem poesias, contos e histórias infantis”, explica a professora da UNILA Alai Garcia Diniz, organizadora do Congresso.

A oficina acontece no dia 28 de setembro, no Bloco 9, Espaço 2, Sala 1, às 14h. As inscrições podem ser feitas somente pelas pessoas já inscritas no Congresso, através do e-mail: secretaria.imea@unila.edu.br. As vagas são limitadas.

Além da oficina, o escritor Washington Cucurto profere a conferência de encerramento do Congresso “Cooperativismo y Revolución: Libros, Zanhorias, Poesia, Sexo, Cumbia y todos los demás”, no dia 30 de setembro, às 17h, no Auditório do Centro de Treinamento do PTI.

Confira a programação do evento

Saiba mais: Arquivos de fronteira e interdisciplinaridade estarão em debate no VI Congresso Internacional Roa Bastos

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