Com clima quente, Coxa vai se adaptando a Foz
Texto: Assessoria / Fotos Marcos Labanca
Debaixo de forte calor, Coxa aproveita boas acomodações em Foz do Iguaçu. Equipe fez o terceiro treino no estádio do ABC
Muito calor, hidratação e muito trabalho. O Coritiba, aos poucos, já vai se adaptando ao clima de Foz do Iguaçu, cumprindo o planejamento estabelecido pelo clube para este início de temporada. Ontem, o elenco fez o primeiro treino no estádio do ABC. O clima encontrado na terra das cataratas é muito próximo do que será encontrado no decorrer do Campeonato Paranaense, nos jogos pelo interior do estado.
Nosso pensamento é justamente de estar trabalhando seguindo os princípios que foram determinados no ano passado. A escolha de Foz do Iguaçu calhou bem pela temperatura, aproveitando todos os dias de treinamento sem chuva, evitando algum contratempo no que está programado. Aqui nós temos a questão do calor que no caso tem nos ajudado a trabalhar”, avalia o preparador físico Alexandre Lopes. “Vamos estar jogando às cinco horas da tarde na maioria desses primeiros jogos que estaremos realizando principalmente nos finais de semana e essa é uma forma de se adaptar. O primeiro jogo em Toledo é um clima diferente do que encontramos normalmente em Curitiba”, emenda.
Assim, ao lado da comissão técnica, o preparador físico alviverde revela as vantagens do bom planejamento desenvolvido pelo Coxa. “Tem dois aspectos. O primeiro é quando você já conhece o atleta, que já está no clube durante o ano, já sabe quais são os seus limites, as suas necessidades. Então, você minimiza alguns problemas que podem estar acontecendo. E quando os atletas vem chegando, já encontram o grupo estruturado, já tem uma filosofia de trabalho de preparação física e eles incluídos nisso, já sabem como tem funcionado o grupo e então tem uma assimilação muito mais rápida”, acredita. “Hoje a tecnologia dentro do treinamento é muito utilizada. O 100% é individual. Podemos dosar exatamente a carga de trabalho para cada atleta”, emenda o fisiologista do Coritiba, Raul Osiecki.
O trabalho integrado é também uma das questões fundamentais. “O Marcelo já tem na cabeça uma formação do time. Básica, obviamente. E nós já sabedores de como o time joga temos mostras de como trabalhar com a parte física em determinados aspectos. Isso é conversado na estruturação do planejamento da pré-temporada. Então, qual vai ser a carga de trabalho, qual é a ideia inicial de trabalho, e a nossa forma de trabalhar a preparação física, inclusive no CEECOR com algumas prevenções, nós temos mostrado ao Marcelo a importância dele, na parte técnica e tática, estar contribuindo nesse momento para o desenvolvimento físico dos atletas. Então, é um toque às vezes que a gente dá, dentro da parte técnica de um intervalo menor ou intervalo maior, ou um tempo maior de trabalho técnico, ou um tempo menor de trabalho técnico, a gente tem feito esses ajustes com antecedência”, conta Lopes.
Embora o planejamento oriente a preparação neste início de temporada, os profissionais lamentam o pouco tempo de início de ano. “Esse ganho de uma semana já é muito valioso, gostaria que fosse estendido por mais uma semana, como é feito em Minas, mas infelizmente nós temos que jogar com o calendário do futebol paranaense”, compara.
Que calor!
E o forte calor também vem sendo um desafio ao grupo. No entanto, a hidrtação é fundamental e com toda a estrutura à disposição, pode se tornar um fator decisivo no futuro. “Ele seria prejudicial se nós não tivéssemos condições de tratar os atletas, alimentar, colocar em repouso. Mas esse cuidado já vem sendo tomado, a conversa com os atletas, a mostra da nutricionista sobre qual é a necessidade, do fisiologista que está acompanhando todos na delegação, tem passado a esses atletas essa necessidade. Sempre nos intervalos de treinamento, de estar hidratando, de usar o isotônico, e alguns outros suplementos que eles têm usado. Nesse momento, estamos voltando pro hotel, ainda vamos estar trabalhando com piscina, imersão, hipotermia induzida, para que alivie esse momento de maior cansaço dos atletas”, contou ontem, logo após o treino no estádio.
E toda essa estrutra a disposição vem fazendo a diferença no trabalho. “Adianta muito. Temos os atletas aqui hoje desde o momento que eles despertam, desde o café da manhã eles foram pesados, podemos fazer um calculo de desidratação, além do acompanhamento nutricional, com a Margarete, que acompanham cada passo do atleta”, complementa Raul Osiecki, fisiologista do Coritiba.
Para muitos, a estadia em Foz foi um dos fatores para um ano de sucesso em 2011, mas para os profissionais, isso tudo é parte do planejamento. “Não é nem superstição não. Quando você encontra um bom lugar de treinamento e o futebol tem que caminhar para isso, não contar com achismo, você tem que contar com dados, e Foz do Iguaçu, com relação a isso é muito proveitoso. Você tem um clima sem chuva, sem você perder treinamento, você tem o calor, mas você tem como cuidar disso, que vai ser o que vai ser encontrado nos primeiros jogos do campeonato”, finaliza Alexandre Lopes.
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